Entidades dão início à composição da mata ciliar na represa São Salvador em Sapé. Projeto também conta com parcerias com as usinas Japungu e Miriri


O projeto também recebe o apoio logístico da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB-Sapé) que mantém uma área com a produção de mudas de plantas medicinais, ornamentais e frutíferas. A AABB-Sapé também abriga a sede do Cedams e a parceria já tem resultado em diversos projetos ambientais e sociais no município. “A AABB-Sapé é mais que um clube desportivo e de entretenimento, é um ambiente de pesquisa e execução de projetos socioambientais que têm atraído parcerias e voluntários para desenvolver esses projetos, inclusive a composição da mata ciliar na represa São Salvador em Sapé”. Destacou Jorge Galdino, presidente da AABB-Sapé.
A mata ciliar é a vegetação que acompanha o curso d’água, ou seja, é a cobertura que fica às margens dos rios, lagos, igarapés, represas e olhos d’água. O nome refere-se ao fato dela funcionar como um cílio, que protege os olhos contra a poeira, mas nesse caso defende os rios contra o assoreamento evitando que ocorra o alargamento desses locais e, consequentemente, a diminuição da profundidade da água.
A importância da mata ciliar é enorme para a flora e para a fauna. Ela funciona como uma espécie de filtro e impede a contaminação das águas por produtos poluentes, como os usados na agricultura, e possibilita a absorção de nutrientes como nitrogênio, fósforo, cálcio e magnésio.
A mata ciliar é uma área de preservação permanente, que segundo o Código Florestal Brasileiro deve-se manter intocada, e caso esteja degradada deve-se prever a imediata recuperação. Toda a vegetação natural (arbórea ou não) presente ao longo das margens dos rios, e ao redor de nascentes e de reservatórios, deve ser preservada. De acordo com esta lei, a largura da faixa de mata ciliar a ser preservada está relacionada com a largura do curso d’água.
O Decreto de nº 6.514, de 2008, que regulamenta a lei de crimes ambientais prevê ainda que a área mínima de florestas mantidas nos rios com até 10 metros de largura deve ser de 30 metros de mata preservada. Já para rios entre 10 e 50 metros de largura, a área de mata deve ter 50 metros. Em rios de 50 a 200 metros de largura, esse número sobre para 100 metros de mata. Caso o rio exceda 600 metros de largura, a mata preservada em suas margens deve ser de 500 m. Para nascentes e olhos d’água, a mata mínima conservada deve compreender um raio de 50 metros de largura.
Da Redação do Portal GPS com a AABB-Sapé
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